Hábitos bons para voz

Na série “Dicas de oratória” de hoje, iremos falar sobre bons hábitos para a voz.

Nossa voz necessita de cuidados especiais para que possa ser saudável e sonora. Hábitos de higiene vocal podem ser praticados por qualquer pessoa. Além disso, certos alimentos podem melhorar a nossa voz, principalmente em situações em que precisamos falar por muito tempo.

Siga as dicas a seguir e garanta uma voz bonita e bem cuidada.

– Beba pelo menos 2 litros de água.

– Coma maçã.

– Beba sucos cítricos.

– Tenha uma boa noite de sono.

– Faça exercícios de aquecimento vocal.

– Faça repouso vocal por pelo menos 5 minutos após uso prolongado da voz.

 

Os Mitos….. Se Vivem

Já ouviu falar no mito do deus grego da oportunidade?

Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: Chronos e Kairos. Enquanto Chronos fazia referência ao tempo cronológico sequencial, o tempo que se mede. Kairos era o momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece, a experiência do momento oportuno.

Conta-se que este Kairos passa por nós constantemente mas ele só pode ser capturado de frente e por aquele que está atento a seus rápidos movimentos! Ele era descrito como um jovem alado, com um curioso corte de cabelos: na frente apenas um topete enquanto o restante da cabeça era calva. Uma vez que ele tenha passado por nós e não o notarmos, sua calvice não permitiria que pudessemos detê-lo após a passagem. Já ouviu o ditado “Depois que a oportunidade passa não adianta correr atrás”.

Estamos tão condicionados na necessidade de cumprir as expectativas do tempo do relógio, que não nos permitimos ser naturais. Tornamo-nos mecanizados pela força do tempo que exige de nós cada vez mais esforço.

Agora, sempre que agimos sobre o tempo Kairos, as coisas costumam dar certo porque estamos na hora e no lugar certo. Kairos é o tempo oportuno, livre do peso de cargas passadas e sem ansiedade de anteceder o futuro. Ele se manifesta no presente, instante após instante.

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Dicas de Oratória. Tensão pré-apresentação x Controle da Respiração

Tensão pré-apresentação x Controle da Respiração

Uma boa apresentação em público começa com uma boa respiração. Em momentos de tensão e nervosismo, é comum acelerarmos o ritmo da respiração, comprometendo a clareza da fala. Esse é mais um dos efeitos do aumento da adrenalina. Por isso, respire profunda e lentamente alguns minutos antes da apresentação para aliviar a tensão e eliminar o excesso de adrenalina do organismo.

Esse exercício oxigena o cérebro, ajuda na concentração e faz com que o apresentador consiga “colocar as ideias no lugar”. O controle respiratório deve se manter durante a apresentação para evitar que a voz saia trêmula e embargada (saiba mais sobre como controlar a respiração aqui).

Por isso, atente-se à sua forma de respirar e aplique essas dicas. Uma respiração controlada garante tranquilidade e confiança.

Deixe um comentário e nos diga o que você achou. Estaremos dando mais dicas de oratória nesse mês. E dia 26 tem o Curso de Oratória.

 

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Aprenda a controlar o medo de falar em público

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Você sabia que o medo de falar em público só não é mais forte do que o medo de morrer?

Essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada pelo jornal inglês Sunday Times a partir de 3 mil entrevistas. É natural sentir certo desconforto ao falar diante de um grupo. Nessa situação, há aumento na liberação de adrenalina, como sinal de alerta para o organismo. Mas, se você estiver bem preparado, poderá transformar o nervosismo em energia positiva.

Algumas estratégias podem ajudá-lo a se sentir mais seguro e confiante para transmitir a mensagem de maneira eficaz:

* Acalme seus pensamentos e coloque foco na respiração;
* Faça exercícios simples de relaxamento minutos antes de se apresentar;
* Conheça bem o público;
* Prepare e releia o material da apresentação com antecedência;
* Grave sua apresentação, ouça e faça mudanças se for preciso;
* Pense nas perguntas que podem surgir e antecipe as respostas;
* Ensaie sua apresentação em frente ao espelho;
* Pratique, pratique, pratique.
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As coisas fáceis são difíceis quando não sabemos lidar com elas

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Você já deve ter ouvido falar de procrastinação. Quem nunca?

Talvez você também já deve ter ouvido falar de algumas dicas para vencê-la. Mas de onde ela nasce?

Gosto muito de uma definição de Steven Pressfield no livro “A Guerra da Arte”, onde ele define o inimigo (no caso a procrastinação) como Resistência.

“A maioria de nós possuem duas vidas: a vida que vivemos, e a vida não-vivida que existe dentro de nós. E entre as duas, encontra-se algo chamado RESISTÊNCIA. Ela atrofia-nos e nos torna menores do que nascemos para ser.”

Isso é o que nos faz a procrastinação, ela não somente adia a nossa vida hoje; ela adia a nossa vida até nosso leito de morte.

E como combatê-lo? Quer uma dica de ouro: Decida e haja no presente.

Se precisar fazer alguma coisa, levante e faça. Não adie para depois. Tem que lavar a louça depois do jantar? Não deixe para amanhã, decida e haja. Em todos as áreas da sua vida. Não pense em deixar nada para depois, nem se for uma simples coisa sem importância.

“Nunca se esqueça que neste exato instante, podemos mudar nossas vidas. Nunca houve um momento, nem nunca haverá, em que não tenhamos o poder de alterar nosso destino. Neste mesmo segundo, podemos virar a mesa sobre a Resistência. Neste mesmo segundo, podemos nos sentar e fazer o que temos que fazer.” – Steven Pressfield

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Como massinha de modelar… Por Lúcia Helena Galvão

Como massinha de modelar…

Ninguém se esqueceu, penso, das massinhas de modelar com que brincávamos na nossa infância; alguns, como eu, se reduziam a fazer bolinhas coloridas, mas os mais habilidosos chegavam a pequenas esculturas muito graciosas; bons momentos foram passados ao lado deste brinquedo.
Também chega a ser bem óbvio que continuamos, em outras fases da vida, “modelando” outras “massinhas”, às vezes bem mais sutis, como pensamentos e sentimentos, nossos e alheios, até as substâncias mais concretas, como palavras e atos. Também poderíamos medir a nossa habilidade para lidar com estas substâncias pela galeria de “produtos” que vamos deixando para trás, dentro e fora dos outros e de nós. Isso constitui nossa história, nossa memória, a síntese do que deixamos registrado na vida.
Lindas manhãs de sol são bem conhecidas como ótimas para nos chamar a atenção para pequenas belezas desapercebidas, como pássaros, flores etc. São comuns os textos idílicos sobre estas coisas. O que gostaria de questionar é se estas e todas as demais coisas, enfim, em todos os planos, também não são o rastro de alguém, que deixou registrado, para todos os lados, sua própria história. Será que existiriam as coisas sem que nada tivesse passado e deixado marcas nesta amorfa “massinha de modelar” primordial?
Lembro da conhecida passagem bíblica: “Pelas vossas obras, vos conhecerei.” Se pretendemos, como é natural que todo ser humano pretenda e até anseie, conhecer a identidade e a intenção do autor ou dos autores da vida, não seria interessante nos debruçarmos com um sentido de investigadores e com um “faro” simbólico sobre estas pegadas? O que seria a memória do universo, chamada pelos orientais de “akasha”, senão o mapa com o registro de todas estas inúmeras pegadas? Observando-as, não podemos presumir, dessa trajetória, sua provável origem… e seu destino? Não é importante indagar-se sobre isso?
Dizem de um antigo filósofo grego, Diógenes, que se recusava a ler livros, pois o sábio lê diretamente na natureza, que nada esconde nem distorce. A nossa própria natureza interna deve estar repleta de pegadas, às vezes, lineares, às vezes, em círculos. Todas elas, mensagens que, não lidas e não entendidas, estão sujeitas a serem repetidas indefinidamente.
Nunca tivemos tantos meios de comunicação, e… o que temos comunicado uns aos outros? Ou a nós mesmos? Comunicação não depende apenas de meios, mas de se ter algo a dizer, algo de profundo e válido. Como diz o clássico budista Dhammapada: “Mais do que mil palavras sem sentido, vale uma única palavra que traga consolo a quem a ouve”; nós já falamos esta palavra, a nossa palavra, que dará sentido à nossa vida?
Diz um mito que o exército grego teve uma improvável vitória contra os persas na batalha de Maratona; já estava tudo combinado: se os persas fossem vitoriosos, os atenienses queimariam e abandonariam a cidade, para que ela não fosse profanada. Quando da vitória, o mensageiro Fidípedes teria que percorrer quarenta quilômetros até Atenas o mais rápido possível, para evitar que fosse destruída por seus próprios moradores; tinha que levar a boa nova. Tudo dependia dele. E ele o fez: dosou muito bem seu fôlego, de tal forma que, ao chegar a Atenas, disse a única palavra possível e necessária: “- Vencemos!”. E tombou exausto.
Todos temos pelo menos uma palavra a dizer, nossa palavra, que tem de ser pronunciada antes de “tombarmos” exaustos. Se não a dissermos, provavelmente, coisas tão belas quanto Atenas serão perdidas. Cada ser humano tem o seu recado, único e irrepetível, para dar ao mundo; meça seu fôlego, e… procure o imprescindível, a especial notícia, legível em algum lugar, dentro e/ou fora de nós, acessível àqueles que refletem e buscam sua vida interior. Nada mal lembrar, de vez em quando, de Fidípides, o herói que soube fugir à superficialidade, mergulhar na vida e conquistar sua palavra sagrada, entrega-la ao mundo… e descansar em paz.
Voltemos à lição da criança e aprendamos, com olhos puros e visão profunda, a moldar nossas massinhas e dar nosso recado, e assim, construir Atenas e conservá-las; assim, os homens, desde sempre, fizeram história.

Lúcia Helena Galvão

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A Solidão e seu Papel é mais um belo artigo do professor Jean

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                                                                      A Solidão e seu Papel

Faz parte do viver nos sentirmos, com certa frequência, solitários.

No passado, antes do advento da eletrônica, uma pessoa não tinha outro remédio que ficar só nos momentos em que não pudesse ter companhia, e então, sem ninguém mais para conversar, só podia ter a si mesma como companheira: seus pensamentos e sentimentos, suas dúvidas e seus medos, suas certezas e confianças.

Foi ao perscrutar seu interior, buscar em seu íntimo as respostas que lhes faltavam, que os grandes homens da história nos legaram a mais rica herança que poderíamos deles ter. Deram-nos o saber contido em suas obras, as mais belas histórias da literatura universal. Deram-nos também a poesia, a música, a ciência, a legislação, e tudo mais que constitui nossa cultura e civilização.

Foi em momentos de solidão e inspiração que nasceram as mais belas composições. Foi também em visionária solidão que surgiram as mais inovadoras descobertas da ciência. E é na solidão, em nosso íntimo, que tomamos as mais importantes decisões de nossas vidas.

Hoje, cercados de aparelhos eletrônicos, de telas e teclados (ou sem teclados), estamos perdendo (ou perdemos) o costume de nos entregar a esses ricos momentos de inspiradora e produtiva solidão. Perdemos a prática de estar sós. E nos lançamos a uma desesperadora busca por estar sempre acompanhados, física ou virtualmente, por um sem fim de “amigos”, por estar sempre “conectados”. Ficamos entretidos com programas de TV, vídeos do YouTube, postagens no Twitter ou qualquer outra coisa que nos afaste da terrível solidão.

Muitos desses amigos não atendem exatamente à definição da palavra, sendo, portanto, uma grande perda de tempo o atender às suas demandas. Ao fugir desses importantes momentos (de solidão), jogamos fora muitas oportunidades que a vida nos oferece de encontrarmos respostas.

O Google pode nos trazer muitas respostas, e o Facebook nos conecta a inúmeras pessoas, e certamente têm o seu valor. Mas quem pode realmente nos levar à compreensão de nós mesmos? De que forma podemos saber se realmente estamos no caminho que devemos estar? Quais devem ser de fato nossas propostas de vida para que possamos ser felizes?

Não faltam exemplos, nas biografias de muitos, de que seu sucesso e felicidade, em última instância, foram determinados por decisões cruciais, em momentos de grande introspecção e profunda reflexão sobre o que era realmente importante. E não se conseguem essas respostas “fora”. Essas respostas só podem ser encontradas “dentro”, pois não são as mesmas para pessoas diferentes, e somos todos, intimamente, diferentes.

A vida nos dá muitas pistas do que devemos buscar, mas é preciso refletir para compreendê-las; nos oferece muitas oportunidades, mas é necessário buscar no íntimo de nós mesmos o seu significado.

Se prestarmos atenção, veremos que aqueles que melhor souberam conviver com as demais pessoas, que melhor souberam compreender a vida, e a viver com intensidade e respeito por tudo e por todos, foram aqueles que aprenderam a lidar com a solidão, a decifrar seus enigmas, a desvendar os tesouros escondidos que ela guarda e que subjazem dentro de nós mesmos.

Jean César Antunes Lima
Professor de Filosofia em Nova Acrópole

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No Aniversário de Nova Acrópole um artigo sobre A filosofia

Nesse fim de semana foi comemorado o aniversário de Nova Acrópole no mundo. E por causa disso trouxemos um artigo de Jean César, um de nossos professores para mostrar a proposta da filosofia, e sua importância no mundo.

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A Filosofia e sua Proposta

Nascida na Grécia, a palavra filosofia é resultado da junção de philos + sophia, literalmente “amor à sabedoria”.

E por ter a palavra nascido na Grécia, muitos acreditam que também a própria filosofia teria nascido lá. Mas é fácil perceber que a atitude filosófica, a filosofia mesma, é inerente à condição humana, e dificilmente podemos falar de sua origem, exceto se concordarmos que nasce com o próprio ser humano, quando em seus primeiros rasgos de consciência, perguntou-se sobre a vida, sua origem, seu destino, a morte, e muitas outras questões. Estas são questões de difícil resposta, bem próprias da filosofia.

E se o que a filosofia busca é a sabedoria, cabe perguntar: O que é sabedoria?

Para as civilizações clássicas em geral, um homem sábio não era exatamente um homem que possuísse um saber enciclopédico, que conhecesse de tudo; mas um homem que, ante as adversidades da vida, sabia manter-se no controle de si mesmo. Que diante das dúvidas comuns da maioria, oferecia as respostas necessárias para se conquistar as melhores soluções. Enfim, era um homem que sabia o que era necessário para ser feliz, tendo as respostas para os anseios e necessidades humanos (coisa que não aprendemos nas escolas regulares).

Certamente um homem raro era esse, tanto no passado quanto hoje, e para muitos (infelizmente), uma impossibilidade.

Mas seria isso uma impossibilidade realmente? Será que não podemos caminhar em direção à sabedoria?

É exatamente essa a proposta filosófica, e não foram poucos os homens e mulheres que, ao longo da história, a ela dedicaram suas vidas. E isso não foi em vão, como podemos atestar na observação do resultado de seus esforços.

Talvez muitos duvidem de que tenham existido, em qualquer época, sábios como os descritos nos antigos livros. Mas o que não podemos negar de forma alguma são as conquistas que nos legaram os filósofos de todos os tempos, com suas escolas e suas obras.

Não é preciso estudar muito para saber que as ciências, nasceram ou foram inspiradas pelas antigas escolas de filosofia. E que a política, com muito de suas regras e forma de organização também teve nas antigas escolas filosóficas seu berço e fonte de alimentação, por muitos séculos, e mesmo milênios.

Foram nessas escolas que foram formados alguns dos maiores políticos da antiguidade, como por exemplo, Marco Aurélio, o grande imperador romano. E também muitos dos artistas, professores, cientistas, militares, e, até mesmo, religiosos da antiguidade, (pois a filosofia não é contrária à religião).

E não sem razão foram feitas todas essas conquistas, pois um homem que persegue o próprio aperfeiçoamento de maneira obstinada, se não puder chegar a ser sábio, por força de suas grandes limitações, pelo menos, certamente, será capaz de superar uma parte de suas debilidades e fraquezas. E sem dúvida sairá desta busca fortalecido, para dizer pouco.

Foi por meio da filosofia que as grandes civilizações, como Grécia, Roma, Egito e Índia, forjaram seus melhores líderes, e também por meio dela, que conquistaram a compreensão necessária para traçar um rumo seguro, que os permitiu milênios de estabilidade e justiça. E foi na perda dos valores propostos pela filosofia, que também declinaram.

Não é possível viver sem filosofia. E mesmo os que não pensem a respeito, filosofam sem saber, no simples gesto de olhar para o céu e se perguntar: “Deus existe?”, “Que estou fazendo aqui?”, “Qual o sentido da vida?”, e muitas outras questões tão humanas.

A maioria de nós gostaria de viver em um mundo mais justo e feliz, e com certeza trabalharia por esta conquista se soubesse como. Pois é disso que trata a filosofia. Trata de como tornarmos o mundo melhor, através da busca da sabedoria. Pois é quando somos um pouco mais sábios que somos mais justos. E é quando somos mais justos que somos mais felizes.

 

Jean Cesar Antunes Lima

Professor de filosofia em Nova Acrópole

 


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O Anel de Giges – Você já deve ter visto algo parecido!

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O Anel de Giges

Anonimato, responsabilidade e justiça.

Conta Platão, no capítulo II de seu livro “A República”, que em época remota, na Lídia, um pastor de nome Giges encontrou um anel de ouro no dedo de um esqueleto humano gigante, após um terremoto, dentro de uma fenda que se abrira no solo, próximo ao local onde ele apascentava ovelhas.

O anel, ele logo descobriu, possuía o poder de tornar invisível quem o utilizasse (já vimos isso em outro lugar), e de acordo com a fábula, Giges, que era um homem comum até então, começou a fazer mal uso de seu novo poder, e perpetrou atos infames, até assassinar o rei da Lídia e ocupar seu lugar no trono.

Vemos, com esse mito platônico, que é bem antiga a atração pelo anonimato, por poder fazer o que se quer sem que ninguém saiba. É bem anterior às máscaras e à internet.

E o que se busca com o anonimato?

É bem evidente que quem busca o anonimato, em geral,  salvo as exceções, o faz para não ter de se responsabilizar pelo que faz. Tem intenção de fazer algo que a sociedade e/ou ele próprio consideram ilegal ou moralmente reprovável, e por isso se esconde detrás de uma máscara, seja ela de plástico ou virtual. Trata-se, pois, de evitar a responsabilidade.

E refletindo sobre a responsabilidade, qualquer um de nós é capaz de perceber o valor desta virtude. Pois para qualquer coisa que precisemos de uma pessoa, gostaríamos de contar com alguém responsável, ou seja, alguém capaz de responder por seus atos, por seu trabalho, pelo que fala e pelo que faz.

Nenhum de nós aprecia o comportamento, seja de um funcionário, amigo ou parente, que, ante as dificuldades apresentadas por seus deveres ou falhas que tenha cometido, foge às suas responsabilidades; ou, o que é pior, que, premeditadamente, se utiliza da máscara a fim de que ninguém saiba que foi ele.

É assim no particular e é assim também no coletivo.

O caminho percorrido pela humanidade tem sido longo e árduo, e aprendemos a duras penas que o valor humano reside em nossa capacidade de agir em prol do bem comum, e não como no reino animal, em que o valor reside na capacidade de sobrevivência individual, segundo a lei do mais forte, tão bem expressa pela teoria evolutiva de Darwin.

Mas nós não somos animais, somos humanos. E acreditemos ou não em Deus e em um desígnio para nossas vidas, todos nós somos capazes de perceber que a vida só vale a pena com valores como bondade e justiça; e todos nós gostamos, e muito, de ser tratados com consideração e respeito por nossa forma de ser. E todos, absolutamente todos, queremos ser tratados com justiça.

E sabemos o que é justiça. E que não digam que se trata de uma convenção social, pois, se fosse, não calaria tão fundo em nós a sua falta. Porque, quando nos falta a justiça, a todos nos dói muito, assim como quando sentimos fome ou sede, mas muito mais grave (melhor trocar por  “em grau muito maior”) . E a fome não é uma convenção social, mas algo intrínseco à nossa natureza, assim como a justiça, e por isso nos faz falta.

A justiça, como concluiu Platão em sua obra, é uma espécie de harmonia, é cada coisa em seu lugar, cumprindo com sua função da melhor forma possível, como em uma composição musical ou em uma obra artística de grande beleza, em que tudo se encontra inserido harmoniosamente no todo que compõe. Como em um corpo saudável, em que cada órgão e cada célula recebem o que lhes é próprio e cumprem com sua função, cada um com sua própria responsabilidade.

É próprio do ser humano buscar a justiça, devendo, portanto, também, buscar ser justo. E podemos perceber, numa breve reflexão como esta, que, na responsabilidade, temos um caminho para a Justiça.

É nosso dever, então, cuidar de sermos responsáveis, sabendo que é assim, e não no uso de algum “anel de Giges”, que contribuiremos para uma sociedade mais justa e uma vida mais feliz.

 

Jean Cesar Antunes Lima

Professor de filosofia em Nova Acrópole

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Sem pressa e sem pausa! Belo artigo de Lúcia Helena Galvão

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Tanta pressa…

Mais uma manhã, tarde e noite, indo e voltando, com carros que passam voando por mim. Um dia, minha filha me falou que as pessoas deveriam colocar o número do seu celular no vidro… “- Para quê, minha filha?”, perguntei, sem captar o tom levemente irônico na voz: “- Para ligarmos e sabermos se deu tempo, mãe! Deve ser muito urgente o que ele vai fazer!”
É verdade; deve ser mais do que urgente: deve ser desesperador. Sem bairrismos, Brasília deve ter alguns dos mais belos amanhecereres e crepúsculos do mundo; sempre se pode ouvir algum sabiá dobrando o trinado, pelo caminho; sempre se vê algum cãozinho desocupado rebolando de barriga para cima na grama úmida (deve ser muito bom, isso!). Mas nós….temos pressa.
Não vou aqui delinear o óbvio, que todos já preveem: a maioria absoluta não tem pressa nenhuma. Correm para a televisão, para a mecanicidade, para o sono, para a solidão. Não há alvo a alcançar com essa correria; em geral, nada que seja urgente ou que tenhamos sabido tornar importante.
Depois de anos sem entender e nem mesmo me perguntar pelas razões disso, acabei convidada, pelas circunstâncias, a uma resposta. Numa estrada vazia, um caminhão seguia a uns 40 ou 50 km; coloquei minha seta e o ultrapassei, como de praxe. Porém, ao passar ao seu lado, seu olhar me chamou a atenção: era raiva incontida que havia ali, era frustração, como se eu o humilhasse ao ultrapassá-lo. Numa descida, ele embalou seu caminhão e me passou a mais de 120 km, num lance que, mais que excesso de velocidade, demonstrava triunfo e vingança.
Esse motorista me fez prestar atenção a este fato tão simples e cotidiano: ultrapassagens. Percebi que não se trata de pressa propriamente dita, mas de afirmação pessoal. Todo ser humano necessita de seu “minuto de glória”, de vitória, de superação de algo; no vazio de uma vida banal e sem objetivos, eu me afirmo superando o carro à minha frente; provo a ele, por um minuto, que sou melhor motorista, que tenho melhor carro, que sou especial. “- Passar na minha frente? Que desaforo! Está pensando o quê?”
É claro que esta competitividade selvagem que tanto nos escraviza não deve se mostrar apenas aí; este é apenas o seu momento de exibição mais ridícula (ou não?). Sem fôlego ou musculatura moral para superar a nós mesmos, sem vida interior para nos alimentarmos de alvoradas ou de crepúsculos, sem sonhos nem objetivos maiores, vivemos numa marcação palmo a palmo contra aqueles que passam por nós. Sempre “contra”, e não “com”. Sempre sozinhos… e correndo para o nada. Não importa o destino, mas chegar primeiro; e se o destino for um abismo?
Que insólito… os corredores compulsivos são, na verdade, sedentos compulsivos, querendo, inconscientemente, chegar a um lugar ao qual não se vai de carro: ao fundo de si mesmos, para encontrar seus sonhos, para alcançar um sentido maior e real para suas vidas. Concordo: isso é urgente, mesmo. Por isso e por tantas outras coisas, eu, agora, passando por um horizonte cravado de raios vermelhos, como uma despedida tardia da luz que já se foi, levando mais um dia que nunca se repetirá, reflito comigo mesma : que bom motivo este para realizar o meu melhor, para rastrear e encontrar este caminho e, depois de tudo, empenhar o meu melhor esforço… para construir um mapa. Isso é o ofício e o sonho dos aprendizes de filósofos, amantes de sabiás, de auroras e de vidas vividas sem pressa e sem pausa.

Lúcia Helena Galvão
Professora de Nova Acrópole

E estamos tendo abertura de turma esse mês, as inscrições se encerram semana que vem. Veja nossa programação em: https://novaacropolegoiania.com.br/programacao/ ou acompanhe nos links abaixo.


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